Confiar na nossa mente para nos conduzir à felicidade ou confiar na nossa mente para nos conduzir à familiaridade?

Confiar na nossa mente para nos conduzir à felicidade ou confiar na nossa mente para nos conduzir à familiaridade?

 Na busca incessante pela felicidade, muitos de nós cometemos o erro de depositar uma confiança cega em nossa própria mente. Acreditamos que ela nos guiará por trilhas certeiras em direção ao êxtase e à plenitude. Entretanto, ao fazê-lo, ignoramos um fato crucial: a mente é um labirinto complexo, repleto de recantos obscuros e atalhos enganosos.

 Ao invés de ser um farol seguro que nos conduz à felicidade, a mente muitas vezes nos leva ao porto da familiaridade. Ela nos conduz por veredas conhecidas, rotinas que se tornaram uma espécie de segunda natureza. Neste território, encontramos conforto, mas raramente experimentamos a verdadeira alegria. A familiaridade é frequentemente a antítese da felicidade.

 A mente, invariavelmente, nos leva de volta ao que conhecemos, ao que já experimentamos. Ela se apega a padrões estabelecidos, mesmo que estes estejam longe de nos proporcionar o contentamento genuíno que buscamos. Ela nos mantém na zona de conforto, evitando a exploração de novas possibilidades e a descoberta de horizontes inexplorados.

 Para alcançar a verdadeira felicidade, é imperativo desafiar a nossa mente. Devemos aprender a questionar seus impulsos e a desbravar terras desconhecidas. A felicidade muitas vezes se encontra fora da esfera do familiar, naquilo que nos faz estremecer de excitação e nos tira da inércia da rotina.

 Portanto, que possamos lembrar que a confiança cega em nossa mente pode nos manter cativos da familiaridade, enquanto a coragem de desafiar seus preceitos nos conduz à autêntica felicidade. É nos passos incertos e nas escolhas audaciosas que encontramos a verdadeira plenitude, distante das sombras daquilo que já conhecemos.


-Matteo Raiser

insta: @psimatteoraiser

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