As pessoas que não vivenciaram algo pessoalmente costumam presumir que a situação se parece com o que é retratado na mídia. Depressão é choro e tentativas de suicídio. Parto é correr para o hospital enquanto está ativamente em trabalho de parto

 Aviso de gatilho

Conteúdo: agressão sexual 

 Não é uma leitura fácil. Não recomendado se você não estiver em um lugar decente. Você sempre pode voltar mais tarde 

 As pessoas que não vivenciaram algo pessoalmente costumam presumir que a situação se parece com o que é retratado na mídia. Depressão é choro e tentativas de suicídio. Parto é correr para o hospital enquanto está ativamente em trabalho de parto 

 O mesmo acontece com agressão sexual ou estupro. Para muitas pessoas, essas palavras estão associadas a imagens. Luta ou fuga. Violência. Gritos de socorro. Soluços. Ferimentos que exigem cuidados médicos. 

 Às vezes, é tão silencioso que as pessoas no quarto ao lado, ou mesmo na cama ao lado, não percebem que está acontecendo. 

 Às vezes, toda a violência está ocorrendo internamente. Às vezes, a violência é uma ameaça implícita ou falada para evitar uma luta óbvia. 

 Às vezes, o próprio ambiente ou a dinâmica das relações entre as pessoas deixa claro que dizer não é  uma opção viável. Às vezes, nada precisa ser dito ou feito para comunicar à vítima que ela não tem escolha 

 Às vezes, por vários motivos (idade, capacidade cognitiva, agressões anteriores ou intoxicação, para citar alguns exemplos), a vítima pode não responder de forma que demonstre uma angústia óbvia

 É importante saber disso porque as pessoas usam as imagens em suas mentes para aplicar ou rejeitar rótulos. se a sua experiência não for como as pessoas acham que deveria ser, elas podem não rotulá-la corretamente 

 Às vezes, até mesmo as próprias vítimas podem não saber como rotular uma experiência se ela não corresponder ao que elas acham que é. Portanto, tenha esses conceitos em mente ao decidir como chamar algo 


-Matteo Raiser

insta: @psimatteoraiser

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